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Entrevistas

Confira Aqui as Entrevistas

 

Vamos transcrever a entrevista que João Moreira deu ao Folhato Informativo "O Santacruzense" nº28.

   Depois de nos oferecer todos os meses o seu resumo sobre as várias jornadas dos nossos escalões, João Moreira vem agora nos brindar com uma entrevista onde podemos ficar a conhecer melhor o seu percurso desportivo e as suas ambições para o nosso clube. O criador do nosso blog faz ainda uma análise detalhada sobre a evolução dos nossos escalões ao longo da época e no Time Out ficamos com a sua opinião sobre alguns dos elementos do nosso clube.

 

P – Como foi a sua chegada ao Santa Cruz F.C.?

 

R – Eu cheguei ao Santa Cruz F.C. em 2002 e entrei para treinador adjunto do Paulo Sérgio para o escalão dos iniciados. Foi o Paulo que me convidou e fiquei com ele cerca de duas épocas e meia, sendo que numa delas fomos campeões.

Depois “saltei” para o escalão dos escolas e na época 2005/2006 tive o convite para treinador principal dos iniciados. Nessa altura coincidiu abrir o curso para treinadores, no qual me inscrevi e fiquei nesse escalão até ao fim da época passada. Este ano tive que vir embora por razões familiares, pois fui morar para Espinho e não dava para conciliar as duas coisas. Esta época estou cá apenas para ajudar no que posso, faço aquele trabalho “fantasma” que ninguém vê.

 

P – Como surgiu a ideia de fazer um blog para o Santa Cruz F.C.?

 

R – É curioso porque estava a pensar fazer um blog a nível nacional de futsal e nunca pensei fazer um para o nosso clube. Só que ia dar muito trabalho e depois pensei: “Porque não um blog para o Santa Cruz F.C.?” E foi assim que comecei a fazer o nosso blog e hoje é o trabalho que está à vista.

 

P – Costuma fazer actualizações no blog todos os dias?

 

R – Normalmente é todos os dias até porque agora tenho mais tempo, contudo quando o tempo for mais escasso penso que pelo menos de dois em dois dias é suficiente.

 

P – Em média quanto tempo de trabalho dispende a fazer o blog?

 

R – Como comecei tudo do zero foi mais complicado. Fazer um blog não é fácil!! Iniciar um blog demora 10 minutos, mas mais difícil é a sua construção e pô-lo como nós queremos. Quem conhece o blog de início vai vendo as actualizações  que ele vai tendo e a mudança de grafismos. Aos poucos vou tentando mudar, mas o principal problema é tentar arranjar coisas novas para introduzir no blog.

Comecei em Outubro, Novembro e estamos em Abril, quem é visitante assíduo do blog facilmente vê que não tem nada a ver com o que era no início. Normalmente dispendo cerca de uma hora por dia.

 

P – Onde vais buscar as ideias para as várias novidades do blog?

 

R – Pesquiso em muitos outros blogs, mas tenho algumas ideias que são minhas, pois o grafismo do nosso blog é único. Vou tentando ver o que fica bem e vou encaixando. Basicamente é assim, vou vendo outros blogs, ponho umas coisas, tiro outras, mas ainda perdi muito tempo a ver outros blogs.

 

P – O blog é para continuar no futuro?

 

R – Claro que sim. Mesmo que não fique no Santa Cruz F.C. não me importo de ensinar tudo o que sei e passar todas as coisas necessárias à elaboração de um blog para outra pessoa continuar esse trabalho.

 

P – Como comentador do “Cantinho” no nosso jornal, o que acha em termos gerias da prestação das nossas equipas nesta época?

 

R – Começando pelas escolas, acho que está bom e pedir mais era impossível, pois as equipas que estão acima deles, tanto o Caxinas como a Cohaemato são duas boas equipas. Tivemos um pequeno percalço, mas é fundamental acentuar o trabalho que se tem feito. O trabalho do Hélder, do Nuno, Zé e Marco, é fantástico, são um dos melhores a trabalhar.

 

Quanto aos infantis tiveram uma época razoávelmente boa, estiveram sempre em 3º, 4º, 5º lugar da tabela classificativa. Depois com a mudança de treinadores as coisas mudaram um pouco. Não podemos atribuir as culpas aos treinadores, porque os miúdos não vão desaprender o que aprenderam até aí, mas se calhar não se adaptaram tão bem ao treinador e estão agora “às voltas” com o 10º lugar. Na minha opinião podem chegar a um 6º, 7º lugar, pois ainda faltam 15 jogos, mas isto se não virarem as costas ao treinador.

 

No caso dos iniciados, esses sim, estão a fazer aquilo que ninguém estava à espera. Não estão a lutar directamente pela subida, mas estão a alguns pontos de alcançá-la. Penso que será impossível, embora ainda tenhamos que jogar com o Modicus e com o Fonte da Moura, que são os dois primeiros e os fortes candidatos à subida. O Paulo começou muito bem, fez um trabalho fantástico, embora um pouco contrariado por estar neste escalão. Depois como toda a gente sabe saíu a meio da época e a mudança de treinador também se fez sentir como nos infantis.

 

Nos juvenis todos sabiamos que ia ser um caso mais complicado e continua a ser. Foi a equipa que passei ao Bruno e desde o início quando falei com ele disse-lhe que iria ser um escalão difícil e realmente foi o que se viu. Na 1ª volta deu para perceber bem que os nossos jogadores não estão preparados para este tipo de competição. A qualidade técnica dos jogadores não era muito grande e por muito que o treinador fizesse, mais que aquilo era impossivel.  Como estão “a remar dois para um lado e dois para o outro, o barco não sai do sítio”. O Bruno ainda conseguiu “limpar” o balneário de certos atletas que não estavam a ajudar nada, nem mesmo os outros jogadores e até estavam a ser más influências. Agora no mercado de Janeiro vieram jogadores novos e pensavasse que a equipa iria “dar um salto” devido à excelente exibição contra o Freixieiro. Contudo e apesar de ganharem dois ou três jogos e conseguirem sair da linha de água, a verdade é que a partir daí a equipa “morreu”. Agora para o fim da época já se nota os erros que se fizeram no início e se calhar a descida será quase certa.

 

Em relação ao  juniores é preciso ter em conta que a equipa é quase toda vinda de fora e só 2 ou 3 é que estavam já no Santa Cruz F.C. Veio um treinador novo e no início quando ganhamos 3-2 ao Monte das Pedras disse que era preciso ir com calma. Não gostava muito da equipa e como ela era, pois era muito indisciplinada e o Vasco tentava controlar e ao mesmo tempo não controlava nada...Mas ia levando “o barco” porque ia conseguindo vitórias e era isso que interessava aos adeptos do Santa Cruz F.C. Estava no terceiro lugar, magnífico, melhor era impossível. Mas com a mudança de treinador e a consequente entrada do Paulo, muitos jogadores foram embora e surgiram muitos problemas. O Paulo esteve e ainda está a ter um trabalho extraordinário para levantar os juniores e conseguir mantê-los na primeira divisão.

 

P -  Este ano não teve nenhum cargo específico na direcção. Essa situação é para manter ou será diferente para a próxima época?

 

R – Tenho como ponto assente não ser mais treinador do Santa Cruz F.C. O máximo que posso ser é director para ajudar. Quando digo que não vou ser mais treinador no Santa Cruz F.C. não é porque não queira, pois por mim estava cá a treinar, mas a minha vida pessoal não permite já que moro em Espinho. Mas vou estar cá para a ajudar sempre que for preciso, não como treinador, mas como director.

 

P – Que importância tem o Santa Cruz F.C. na sua vida?

 

R – Se fosse outro já tinha saído, até porque como já referi fui morar para longe e não faz muito sentido continuar. Contudo foi exactamente o contrário, ainda me envolvi mais. Se calhar muitas pessoas que se ligam ao Santa Cruz F.C. acabam por sair por desgaste. Se as pessoas que cá andam não tiverem descanso suficiente e se afastarem um pouco isto cansa e custa muito. Muitas das pessoas que se afastaram foi por cansaço. Se tivesse que me afastar iria custar, mas não tinha problema nenhum em sair.

 

P – Se pudesse o que gostaria que o clube tivesse ou melhorasse na próxima época?

 

R – Mais carrinhas e uma direcção fiável para os poucos sócios do Santa Cruz F.C. Na verdade até são muitos mas são poucos os que pagam as quotas.

 

P – O que acha da nova edição do nosso boletim informativo?

 

R – Está fantástica! O trabalho está a ser diferente do outro, pois no anterior era só uma pessoa a fazê-lo e não dispunha de tanto tempo. Nesta nova edição são mais pessoas a concretizá-lo e só assim é que se pode conseguir um trabalho com maior qualidade.

 

P – Quer deixar alguma mensagem aos nossos leitores?

 

R – O que tenho a dizer aos nossos sócios/adeptos é que deixem o pessoal trabalhar e que não critiquem por tudo e por nada, pois as pessoas não fazem a mínima ideia do que é cá estar e trabalhar por carolice. Já não é tanto carolice, porque hoje em dia muitas vezes o pessoal tem que pagar do seu bolso e as pessoas de fora não sabem isso. Em vez de criticarem não era má ideia terem uma palavra de incentivo para nós que cá estamos a trabalhar. Uma palavra de incentivo para o meu pai que esta a passar por uma fase menos boa na vida. Pai, nunca te esqueças que estou sempre presente e que nunca te vou deixar. Vou estar contigo até ao fim e vou lutar ao teu lado para que nunca desistas daquilo que és. Todos juntos conseguimos. Adoro-te PAI.

 

 

 

 

 

P – Rui Cruz (dirigente desportivo)?    R – O salvador

 

P – Ricardo Fernandes (director)?    R – O investidor

 

P – Paulo Santos (treinador dos juniores)?    R – O corajoso

 

P – José Teixeira (treinador adjunto dos juniores)?   R – O humilde

 

P – Bruno Carmo (treinador dos juvenis)?     R – Um trabalhador fantástico

 

P – Vitor Pinto (treinador adjunto dos juvenis)?   R – Bom treinador de guarda – redes

 

P – Serafim Rodrigues (treinador dos iniciados)?    R – O esforçado

 

P – Mário Martins (treinador adjunto dos iniciados)?    R – Bom amigo

 

P – Custódio (treinador dos infantis)?    R – Trabalha bem com raparigas

 

P – Rui Rodrigues (treinador adjunto dos infantis)?   R – O afastado

 

P – Hélder Santos (treinador dos escolas)?    R – Fantástico

 

P – Nuno Rodrigues (treinador adjunto dos escolas)?     R – Fantástico também

 

P – Marco Monteiro (seccionista dos escolas)?   R – Meu afilhado, “caiu aqui de pára-quedas” e está a sair-se muito bem

 

P – José Gomes (seccionista dos escolas)?    R – “É pau para toda a obra”

 

P – Clube preferido?  R – F.C. PORTO

 

P – Santa Cruz F.C.?  R – Alegria

 

P – Ídolo desportivo?   R – Eu próprio

 

P – Objectivo desportivo a alcançar?    R – Treinar a 1ª Divisão de futsal ou de futebol de 11.

 

2007-03-24

 
ENTREVISTA A SABRINA SANTOS-JOGADORA DO LOUROSA
 
Entrevista feita por João Moreira

P – Quer nos falar um pouco de si? Como entrou para o futsal? À quanto tempo joga? Em que equipas jogou?
R - Bem…sempre gostei de futebol desde miúda e federei-me muito cedo em futebol 11 na altura no Oliveirense F.C (Castelo de Paiva), passado um ano fui convocada para a selecção Aveiro sub/16 e surgiu o convite do Avanca! Estive lá durante um ano pois o clube teve de terminar. A maioria das jogadoras juntou-se cm a direcção e formaram o Murtoense…acabei por ser inscrita nesse clube mas não fiz nenhum jogo com essa camisola! Resolvi “deixar” o futebol mas rapidamente surgiu o convite, através de uma amiga, de integrar num projecto que era a formação de uma equipa de futsal!Apaixonei-me por esta modalidade e por este clube e já lá vão 4 anos que estou por cá…!

P – Gosta da equipa que joga neste momento? Que vantagens tem em relação a outras equipas?
R - Se gosto? Adoro…! Somos uma equipa em que prevalece a amizade, a união, o gosto por esta modalidade. Isso só traz vantagens pois quer nas vitórias ou nas derrotas a equipa mantém-se unida e apoiamo-nos para que tenhamos sempre força para continuar a lutar.
Ir treinar é um gosto, uma alegria e não uma obrigação como acontece na maioria dos clubes, isso cria um bom ambiente para se poder trabalhar!

P – Sabemos que vai participar na final four de Sábado. Que prognostico pode dar e que possibilidades têm a sua equipa de vencer a competição?
R - Dizem que nós (Lourosa) juntamente com o Vilamaiorense somos as favoritas nesta competição mas tudo pode acontecer e já tivemos a prova que nem sempre o favorito vence!
Penso que será uma grande final four em que todas as equipas darão o seu melhor para estarem presentes na final de domingo…nós não somos excepção, vamos jogar com humildade e com muita vontade de trazer a taça.

P – Acha que o Futsal em Portugal está no bom caminho?
R - O futsal tem crescido de forma espantosa em Portugal e espero que continue! Mas as diferenças entre o masculino e o feminino são muitas, coisa que não devia existir.

P – E em relação ao futsal feminino, esta em bom estado actualmente em Portugal? O que mudava para rectificar e melhorar (se for esse o caso) o futsal feminino?
R - É obvio que não…e em Aveiro então é pior! O tempo de jogo não é cronometrado no feminino em Aveiro, resta saber porquê, já demos provas que merecemos a igualdade!!
A nível nacional, apesar de serem imensas equipas de futsal feminino, não existe um campeonato nacional nem selecção nacional, o que é inadmissível e que nos “proíbe” de evoluir.
Um campeonato nacional e uma selecção nacional é um direito que temos e que a federação tem de nos conceber.

P – Que projectos têm para o futuro como jogadora de futsal?
R - Visto não haver uma selecção nacional não posso ter o sonho de ser jogadora da nossa selecção. Mas quero melhorar sempre mais como jogadora, aprender mais sobre esta modalidade, quero ganhar tudo com esta equipa e quem sabe um dia, ser treinadora de uma equipa de futsal!

P – Tem algum jogo que a tivesse marcado? Tanto pela negativa como pela positiva.
R - O jogo com o Vilamaiorense em que nos valeu a conquista do nosso primeiro torneio ganho, isto à 4 anos atrás, foi algo que me marcou bastante. O jogo desta tempoarada frente ao Veiros em tivemos a perder por 3-1 demos a volta ao marcador e acabamos por ganhar a partida.
Pela negativa, o jogo frente ao vilamaiorense na 2ª volta em que curiosamente também, tivemos a vencer por 3-1 e perdemos a partida por 4-3.

P – Concorda com a estrutura que os campeonatos distritais têm neste momento? Se não o que mudava?
R - Sim penso que a estrutura destes campeonatos não está mal.

P – Que vantagens tem uma equipa de futsal de apostar numa equipa feminina?
R - As mesmas vantagens que traz uma equipa de futsal masculino… porque não apostar numa equipa de futsal feminino?


P – Quer deixar uma mensagem para os amantes do futsal e em especial para os sócios e simpatizantes do Santa Cruz F.C.?
R - Quer aos amantes do futsal quer ao sócios e simpatizantes do Santa Cruz F.C que continuem a apoiar a modalidade, o vosso clube!
É uma modalidade que merece todo o apoio, toda a atenção dispensada e já agora que tal irem assistir, apoiarem os jogos das equipas de futsal feminino. Podem começar já por este fim-de-semana na final four, fica o convite feito.


 

2007-03-12
 
ENTREVISTA À ADEPTA HELENA TEIXIERA
 
Entrevista dada ao Folheto Informativo ´O Santacruzense´ Nº27

Mais uma entrevista, desta feita a uma adepta do nosso clube que, apesar de estar connosco à pouco tempo, já sabe dá valor ao trabalho realizado pelos nossos dirigentes e tornou-se uma apoiante incondicional das nossas equipas. Como facilmente se pode constatar nesta entrevista, não é preciso muitos anos a acompanhar o nosso clube para se ficar fã dele.

P – Há quanto tempo é adepta do Santa Cruz F.C.?
R – Há mais ou menos dois anos e meio, já contando o tempo de formação que o meu filho Pedro esteve cá.

P – O seu marido (treinador adjunto dos juniores José Teixeira) veio para o Santa Cruz F.C. na mesma altura?
R – Não, foi no começo desta época. O Paulo (treinador dos juniores) pediu-lhe para o vir ajudar como treinador adjunto e ele veio.

P – Como chegou ao nosso clube?
R – O meu filho Pedro antes de vir para o Santa Cruz F.C. andava no Karaté aqui mesmo no pavilhão de Santa Cruz do Bispo e quando ele passava e via os miúdos do futsal a treinar não tirava os olhos deles. Assim, eu falei com o João Damião e perguntei-lhe se ele podia ir treinar e ele disse que sim. Apenas precisava de umas sapatilhas porque o equipamento o Santa Cruz F.C. dava.
Depois esteve na formação e quando fez oito anos veio para os escolas. E assim foi a minha entrada para o Santa Cruz F.C. Não podemos deixar de ter em conta que o desporto só faz bem à saúde e também cultiva novas amizades entre os miúdos.
Agora já estou “viciada” nisto e tento ir ver sempre jogos do Santa Cruz F.C.

P – Mas sempre foi uma adepta “ferrenha” de futebol ou é só pelo seu filho estar a jogar?
R – Sempre fui um bocado! Sou adepta assídua do Leixões e do Benfica, mas nunca esperei que ver miúdos pequenos a jogar fosse tão contagiante. E agora essa emoção de ver os jogos também se aplica aos outros escalões, porque quando vou ver as outras equipas do Santa Cruz F.C. a jogar sinto o mesmo.

P – Se o seu marido e filho saíssem do clube estaria aqui na mesma a apoiar os outros escalões?
R – Talvez, se calhar não iria ver tantos jogos, mas se fossem em casa lá estaria eu a apoiá-los.

P – O que acha, em termos gerais, dos adeptos do Santa Cruz F.C.?
R -. Tudo depende do feitio e personalidade das pessoas. Mas já me apercebi que muitos adeptos não se entendem.

P – E da maneira como os adeptos apoiam o nosso clube?
R – Acho que por vezes criticam um bocado e não da melhor maneira. Quando ganhamos está tudo bem, mas quando perdemos está tudo mal. Criticam muitas vezes sem razão os treinadores, e falo isto não pelo meu marido estar nos juniores, mas porque temos que pensar que todos eles estão lá a ajudar e não ganham nada com isso. Só querem o melhor para os jogadores e para clube, até porque eles a qualquer momento podem ir embora e não ficam a perder nada com isso.
Tenho pena que as pessoas não pensem e critiquem, pois eles no fundo estão lá para a ajudar.

P – Costuma ir assistir a jogos dos outros escalões?
R – Quando posso vou, mas normalmente quando são em “casa” é mais fácil de ir assistir. No caso dos escolas vou sempre por causa do meu filho Pedro.

P – O que gostaria que o Santa Cruz F.C. mudasse ou que tivesse?
R – Gostava que tivesse lanches para os miúdos depois dos jogos. Eu até cheguei a comprar duas vezes para os escolas e o treinador Hélder também, mas já se sabe que sempre é difícil de suportar esse encargo. Devia-se pensar no assunto e falar com a direcção para ver essa possibilidade, porque acho que os miúdos merecem.
Quando os jogos são em “casa”, normalmente vou ao café mais perto e comprasse sempre qualquer coisa, mas quando os jogos são “fora”, muitas vezes nem têm café ou quando têm são longe do pavilhão.

P – O clube neste momento está sem presidente. Para si qual seria a pessoa indicada para ocupar esse cargo?
R – Quem for tem de ter acima de tudo disponibilidade para exercer as funções desse cargo. Para mim quem tem essa capacidade é o treinador Hélder, mas como tem uma empresa não deve ter disponibilidade para isso.

P – O que acha do trabalho realizado pelos elementos que compõem o escalão dos escolas: Hélder, Nuno, Marco e José?
R – Têm desempenhado um bom trabalho, porque os miúdos melhoraram muito. Já estivemos em primeiro, depois fomos descendo, mas paciência, nem sempre corre tudo bem. Mas em termos globais têm trabalhado bem.

P – O que achou dos jogos realizados contra as outras equipas do escalão dos escolas que estão a disputar o primeiro lugar com o Santa cruz F.C.?
R – Na minha opinião fomos “roubados” pelos árbitros no jogo contra o Cohaemato e contra o Caxinas que estam em confronto directo connosco pelo primeiro lugar. Mas para mim nada ainda está perdido.

P – Tem acompanhado o trabalho realizado pelo seu marido no escalão dos juniores?
R – Fico um pouco fora disso, porque o meu marido não mistura as coisas. Futsal é futsal e casa é casa. Além disso ele vai às reuniões do clube e não me diz nada. Não é que eu não pergunte, mas ele prefere não falar. Quanto ao trabalho como treinador adjunto nos juniores, é a primeira vez que ele está a treinar um escalão, vamos lá ver como ele se sai.

P – Quer deixar alguma mensagem aos nossos leitores?
R – Acho que todas as pessoas ligadas ao Santa Cruz F.C. deviam ajudar e tentar compreender as pessoas que cá estão como por exemplo os treinadores. Devemos ajudar o clube da melhor maneira e dentro das nossas possibilidades. E volto a frisar a necessidade de dar um lanche aos miúdos porque acho que é uma coisa que faz falta.
2007-02-12
 
ENTREVISTA AO VICE-PRESIDENTE RUI CRUZ
 
Entrevista dada ao Folheto Informativo ´O Santacruzense´ Nº26

Rui Cruz actual director desportivo do Santa Cruz F.C. deu-nos uma entrevista em que nos conta a sua chegada ao clube, os momentos por que passou e os planos para o futuro.Tendo a seu cargo a organização dos vários escalões, Rui Cruz é um elemento fundamental para o sucesso do clube ou não fosse ele um apaixonado pela modalidade e um fâ incondicional do Santa Cruz F.C.


P – Há quanto tempo está no Santa Cruz F.C.?
R – Estou no Santa Cruz F.C. desde 2000, 2001 mais ou menos.

P – Como é que chegou ao nosso clube?
R – Eu sou de Santa Cruz do Bispo e fui cá jogador no Santa Cruz F.C. quando era juvenil. Depois mais tarde voltei no ano 2000, 2001 como referi porque fui à festa da Nossa Senhora da Saúde e o Santa Cruz F.C. tinha lá uma barraquinha. Enquanto lá estava faltou cerveja e como o meu sogro trabalhava num bar à noite, consegui desenrascar 2 barris. A partir daquele dia fui ajudando e entrei para o Santa Cruz F.C.

P – A partir desse momento entrou logo como director?
R – Não, fiquei apenas a ajudar e como nesse ano não tinhamos carrinha eu ia buscar os juvenis e levá-los no meu carro. Só no ano a seguir é que fui para director. Actualmente e ainda nesta direcção sou também vice – presidente.

P – Temos ideia que o Rui trabalha bastante para o clube, mas o seu trabalho não é visto pelas pessoas de fora. Concorda?
R – Concordo, mas não estou muito preocupado com isso. Claro que toda a gente gosta que deiem valor ao seu trabalho, mas eu não gosto de o demonstrar.

P – Normalmente o Rui costuma resolver muito dos problemas que surgem no Santa Cruz F.C. Não se sente pressionado com essa responsabilidade?
R – Sim, eu senti-me pressionado de há um ano para cá, pelo que está a acontecer no clube e devido à saída do Pedro Costa. O Pedro era o coordenador das equipas, ou seja, era o director desportivo, fazia quase tudo relacionado com as equipas. Quando o Pedro
cá estava eu fiquei a ajudá-lo no escalão dos infantis e estive com ele cerca de 5 anos. A partir da sua saída e como eu o ajudava e estava por dentro dos assuntos que ele fazia, fiquei a fazer o seu trabalho. Contudo eu já organizava o torneio, era eu que convidava as equipas, as pessoas que iam lá trabalhar, mas sempre com a ajuda do Pedro. O Pedro era o “homem chave”.
Quando o Pedro saiu o ano passado, eu tomei a responsabilidade de fazer o que o Pedro fazia, por isso é que o Fernando era o presidente e eu o vice-presidente e ao mesmo tempo director desportivo porque eu é que passei a coordenar as equipas todas.

P – Então se formos a ver não teve muita opção?
R – Não tive opção, teve mesmo que ser até porque era a pessoa mais antiga e que conhecia melhor todas as necessidades do clube.

P – Já foi criticado por alguma decisão que tenha tomado?
R – Eu não tomo decisões, eu sou muito directo e gosto de dizer as coisas na hora, não mando dizer por ninguém. Mas em certas ocasiões em que tive que intervir já fui bastante criticado é verdade.

P – Em relação às galas que já se realizaram, já ganhou algum prémio pelo trabalho que desempenha?
R – Quando o prémio é merecido eu acho que é bem entregue, até porque durante o ano há disputa para quem trabalha. Todavia também acho que houve prémios mal entregues. No meu caso como não tenho uma família que se envolve no Santa Cruz F.C., não tenho muitas pessoas que votem em mim, mas aquelas que votaram eu fiquei contente porque reconheceram o trabalho que faço no Santa Cruz F.C. durante a época.
A verdade é que sempre ganhei prémios, desde a primeira gala até á penúltima, mas eram prémios pelo trabalho que realizava como treinador adjunto do Pedro Costa. Este ano como não houve prémios para os treinadores adjuntos eu não tive a possibilidade de ser nomeado nessa categoria.

P – Mas acha que merecia ganhar um prémio pelo trabalha que desempenha como director?
R – Sim, acho que merecia, não vou dizer o contrário porque estaria a mentir.

P – O que achou da última gala realizada? O que espera das futuras galas?
R – A última gala foi feita sobre pressão comparada com as outras. Tentava-se melhorar e evoluir sempre de umas galas para as outras e este ano não houve nada de novo e diferente a acrescentar à que se realizou há dois anos atrás. Em relação às futuras galas, mais concretamente a que se irá realizar este ano, eu creio que o Nuno e o João Paulo, que ficaram encarregues da sua realização , estão a avançar com os preparativos. Mas para tudo correr bem, daqui a um mês ou dois já se deviam começar com as votações dos jogadores, pois os campeonatos acabam bastante cedo.


P – Como o presidente Fernando Costa se demitiu do clube, quais serão os novos planos para a direcção do mesmo?
R – Temos de constituir uma nova direcção e com mais elementos. Esta última trabalhava mal porque concentrava todas as decisões importantes do clube numa só pessoa que era o presidente. Temos que dividir tarefas e pôr várias pessoas a trabalhar nos vários cargos existentes.

P – Como se irá constituir essa nova direcção?
R – Temos que fazer uma Assembleia Geral e eleger os novos membros.

P – Assim sendo, terá que se eleger um novo presidente. Aceitaria esse cargo se fosse eleito?
R – Nós iremos trabalhar todos em conjunto, por isso qualquer pessoa tem capacidade para o ser. Eu estou cá para trabalhar seja como presidente seja como vice-presidente.


P – O Santa Cruz F.C. interfere com a sua vida pessoal? Se sim em que medida?
R – Interfere muito, porque “transporta-se”os problemas do Santa Cruz F.C. para casa. A minha mulher é compreensiva e nós falamos e tentamos resolver os problemas da melhor maneira. Mas tento sempre conciliar tudo e passar o máximo de tempo que posso com a minha mulher e o meu filho.

P – Teve algum momento desportivo mais marcante que se recorde?
R – Assim de momento não, mas falando dos jogos...De há uns tempos para cá mudou um pouco, mas antes o Santa Cruz F.C. era um clube que raramente perdia e eu não estava habituado a perder, até porque como trabalhava com o Pedro Costa e ele é um homem ambiocioso, destestava perder e eu fui-me habituando a isso. Praticamente só tive vitórias e derrotas apenas tivemos 2 ou 3, por isso é que quando se perdia era algo bombástico e ninguém estava habituado a isso.

P – Mas se calhar já teve momentos relacionados com a arbitragem que se lembra mais facilmente, não?
R – Eu comecei a compreender melhor os árbitros, até porque estive a um passo de ir tirar o curso de árbitro. Ao princípio ninguém gosta deles, mas depois comecei a lidar mais eles, a pôr-me no lugar deles, a entendê-los e fui-me habituando. Aliás eu nunca tive um castigo, tive apenas agora à pouco tempo mas que já cumpri.

P – O que espera do Santa Cruz F.C. esta época, quer em termos de escalões, quer em termos de resultados desportivos?
R – Eu gosto de ganhar, mas com o passar do tempo e com a experiência que se vai adquirindo, vemos que o importante não é só isso. Contudo as pessoas de fora continuam a pensar que o mais importante são os resultados desportivos. Neste momento é importante saber que estamos a trabalhar bem, que temos 5 escalões mais a formação e com a ajuda dos treinadores (que espero que continuem cá) e de pessoas a trabalhar na administração do clube, acho que vamos bem encaminhados.

P – No futuro como idealiza o seu clube? Seria possivel ter uma equipa sénior?
R – Gostava muito de ter uma equipa sénior, mas de momento é impensável e até num futuro próximo não será possivel. Acho que era importante dar seguimento e acompanhamento aos jogadores que chegam ao seu segundo ano de junior e têm que parar de jogar, pelo menos no Santa Cruz F.C.

P – Acha que teriamos lugar no campeonato para uma equipa sénior?
R – O concelho de Matosinhos tem muitas equipas de futsal no topo, mas mesmo assim acho que tinha espaço para mais uma. Tinhamos que começar por baixo e conforme as coisas estão a evoluir, tanto nível administrativo e financeiro, como a nível de apoio da Câmara Municipal, acho que conseguiamos chegar lá. Talvez possamos pensar nisso no futuro.


P – O que gostaria de mudar, se pudesse, no futsal em geral?
R – Em geral o futsal vai no bom caminho, devia mudar certas coisas, mas está a evoluir. A evolução do futsal foi muito rápida, até cresceu se calhar mais do que devia. Deveria ter sido uma evolução gradual. Acho que falta mais selecções para motivar mais os jogadores. Contudo não podemos deixar de ter em conta que o futsal é a segunda modalidade mais praticada no nosso País a seguir ao futebol e se calhar há seis anos atrás não era tão conhecida nem tinha evoluido tanto. Logo na minha opinião estamos no bom caminho.

P – Quer deixar alguma mensagem aos nossos leitores?
R – Bem...o Natal já passou, o Ano Novo também, assim como os Reis, por isso a minha mensagem é que tenham um Bom Carnaval e comprem as rifas a €1, que têm como primeiro prémio uma televisão, em segundo um microondas e em terceiro um leitor de DVD. Ah! Já agora Boa Páscoa também!


 

2007-01-07
 
ENTREVISTA A HELDER SANTOS-TREINADOR DOS ESCOLAS
 
Entrevista dada ao Folheto Informativo ´O Santacruzense´ Nº25

“SEJA EM QUE ESCALÃO FOR, SEJA EM QUE IDADE FOR, TEMOS QUE NOS TRANSPORTAR PARA AS IDADES DELES, TEMOS QUE TENTAR SER IGUAIS A ELES”Este é o lema principal que o treinador dos escolas Hélder Santos tem para conseguir lidar com atletas tão jovens e assim conseguir alcançar vitórias.

Pergunta – Há quanto tempo está no Santa Cruz FC?
Resposta – Estou ligado mais directamente ao Santa Cruz FC à cerca de 3 anos.

P – Quando entrou para o nosso clube foi de imediato treinar o escalão de escolas?
R – Não, passei antes pelo escalão dos iniciados também como treinador. Estive uma época com os iniciados e depois até agora com os escolas.

P – Gosta de treinar um escalão tão jovem?
R – Gosto imenso, é muito gratificante.

P – Acha que é mais difícil treinar os escolas de que os outros escalões?
R – Não, muito pelo contrário, é mais simples e mais fácil.

P – Porquê?
R – Porque as crianças nesta faixa etária são mais obedientes e estão numa idade em que “absorvem” muito mais aquilo que nós queremos transmitir. Nos caso dos outros escalões, por exemplo os iniciados, já se começa a entrar na fase da adolescência, que por si só já é uma fase mais crítica e mais complicada do ser humano.

P – Então no seu ver o melhor escalão para treinar será os escolinhas?
R – Sem dúvida!!!!!!<

P – Então pôe de parte treinar outros escalões? Por exemplo o escalão de juniores?
R – Sim, eu só me vejo a treinar os escolas. No máximo poderia ponderar treinar o escalão de infantis.

P – Se um clube melhor classificado na tabela lhe fizesse uma proposta para treinar um escalão que não fosse os escolas, aceitaria?
R – Não, sem a menor hesitação.

P – Como costuma preparar os seus treinos e jogos?
R – A preparação é feita previamente, 2 a 3 horas antes, sempre que posso. Todavia não é uma preparação escrita mas sim mental. Tenho em conta aspectos que acho que a equipa deve melhorar, seja na defesa como no ataque.

P – Faz essa preparação a pensar nos próximos jogos que irá ter e de acordo com a equipa que vai enfrentar?
R – Sim, sempre. Tenho a preocupação de ver pelo menos um jogo da equipa adversária que irei enfrentar na próxima jornada.

P – O nosso clube (ao contrário de muitos outros) tem uma escola de formação. Acha fundamental o trabalho que lá é exercido para depois os atletas poderem de uma forma mais fácil se adaptar ao escalão dos escolas?
R – Acho. As crianças da formação, até aos sete anos, conseguem assimilar algumas bases que não são propriamente relacionadas com o futsal em si, mas sim com o drible de bola. Quando chegam às escolas têm que trabalhar mais o aspecto de jogar em grupo e só a partir dos 8, 9 anos é que conseguem assimilar esse facto.Assim a formação mostra-se fundamental a todos os níveis, principalmente a adaptação das crianças a trabalhar em equipa. Até porque muitas delas não estão habituadas a lidar com regras e tanto a formação como o escalão de escolas têm que as ajudar a incorporar essas normas de conduta.

P – Já teve algum caso de algum jogador ter entrado directamente para os escolas sem passar pela formação?
R – Sim.

P – Nota diferenças daqueles que vêm da formação e daqueles que entram diractamente no escalão das escolas?
R – Sim, principalmente o trabalho em relação “pé / bola”, pois há muitos miúdos que quando chegam directamente ao nosso escalão estão habituados a “dar uns chutos”, mas não sabem como fazer a relação “pé / bola”.

P – Este ano os escolinhas estão em grande! Qual o segredo do seu sucesso?
R – Trabalho.

P – Os jogadores em si não influêncía esse sucesso?
R – Também, é obvio que sim. Contudo o ano passado tínhamos exactamente os mesmos jogadores e em 20 jogos tivemos mais ou menos 17 derrotas. Logo isso por si mostra o trabalho e evolução de uma ano para o outro. Não se pensou nessa altura em resultados e vitórias, mas sim na evolução dos miúdos e em criai bases sustentadas de forma a que eles depois conseguissem trabalhar em conjunto.

P – Estava então á espera este ano de bons resultados?
R – Claro que sim, o ano passado ninguém acreditava. Foi mais complicado para os pais dos miúdos, pois para eles os resultados do ano passado foram uma vergonha, daí ser mais difícil acreditar que esta época seria diferente. Tive que fazer um trabalho também a nível psicológico, não só com os jogadores mas também com os pais. Esta época já não está a ser preciso esse trabalho psicológico com os pais pois eles já têm vitórias e estão mais contentes. Porém com os miúdos continua a ser fundamental porque tenho que preparar os que irão subir de escalão a adapatarem-se com mais facilidade a novas etapas.

P – Então para a próxima época, com a saída de jogadores que irão subir de escalão e com a entrada de novos jogadores vindos ou não da formação, irá ter um trabalho redobrado?
R – Não tanto, porque este ano já tenho oportunidade de trabalhar com miúdos que para o ano irão estar a treinar comigo. Para a próxima época posso não ter uma equipa tão forte como este ano, pois não estou a trabalhar exclusivamente nesse sentido. Estou a trabalhar nas duas vertentes: vertente objectivo, vitórias e resultados e vertente trabalho de grupo, com a preparação de atletas para se lançarem no próximo ano.

P – Na sua opinião, o que é que um teinador tem de ter para levar o seu escalão às vitórias? E mais especificamente um treinador do escalão das escolas?
R – Primeiro que tudo seja em que escalão for, seja em que idade for, temos que nos “transportar” para a idade deles, temos que tentar ser iguais a eles. Se nunca os conseguir compreender e entender nunca vou conseguir lidar com eles.No caso dos escolas, tanto tenho que me colocar na posição deles como temho que ser um exemplo para eles, pois só assim vou conseguir que me obedeçam. Eu tenho miúdos extremamente complicados e hoje são do mais simples que há, porque o meu primeiro objectivo com eles foi fazê-los gostar de jogar futsal e depois foi pô-los a jogar, com isso consegui lidar com eles. Assim, ou eles alteravam o seu comportamento e obedeciam às regras do grupo que lhes eram impostas ou então teriam que deixar de jogar, ser castigados ou mesmo abandonarem.

P – Este ano é para serem campeões?
R – Não coloco isso como fasquia. O meu objectivo é que eles todas as semanas sejam melhores do que a semana anterior.

P – Então ser campeão é um objectivo secundário?
R – Sim, completamente secundário.

P – Não concorda que os jogadores estão a trabalhar com esse objectivo apesar de não ser o principal para si?
R – Eu tento lhes transmitir a vontade de serem campeões, não a todo o custo. Para isso terão que trabalhar. Não podem ir para um jogo e só pensarem na vitória, há um rol de vertentes que terão de ser cuidadas, como por exemplo a vertente social. Eles têm que saber lidar com os adversários, com os jogos em si, com dias bons e dias maus, com a própria plateia, etc. Só assim é que podem ser campeões.

P – Nestes anos como treinador presenciou alguma situação mais caricata que o tenha marcado?
R – Sim, em tantos anos é de reconhecer que já passei por um bocadinho de tudo. Momentos dificeís e que me deram vontade de desistir, mas o balanço destes anos, tanto como treinador, dirigente e jogador amador, é positivo. As situações que menos gosto são as de violência, quer entre jogadores, com arbitros e até com a plateia, pois eu sou terminantemente contra a violência.

P – Em termos desportivos, quais são os seus objectivos para o futuro?
R – Em termos desportivos é unicamente treinar as escolas, é um sonho meu e sempre foi, até porque eu sempre gostei de vir a ser professor. Eu adoro crianças!! Como tal para mim é fácil lidar com elas e também me considero uma pessoa com muita paciência, o que se torna fundamental para treinar este escalão.

P – Se pudesse alterar alguma coisa no seu clube o que mudaria?
R – Acho que mudaria a forma como o clube é administrado, teriamos que pensar numa estratégia para se conseguir alcançar os objectivos previamente defenidos. Acho que também é importante apostar na formação. Há clubes em que a formação é completamente secundária, mas também há grandes clubes que vivem disso como é o caso do Freixieiro e do Mirarmar, por exemplo.

P – Mas a verdade seja dita, nesses grandes clubes quando vamos a ver os jogadores dos escalões superiores, muitos deles não vêm da formação?
R – Nem podem, porque são equipas que lutam pelo título, mas apostam na formação e todos esses miúdos que saem da formação do Freixieiro ou do Miramar têm colocação em outras boas equipas. Com o tempo até podem voltar á equipa que os formou, se trabalharem, se tiverem vontade de evoluir e não tenho dúvida nenhuma que eles irão dar jogadores de futsal execelentes.

P – Então acha que um dos objectivos do nosso clube deveria ser apostar mais na formação?
R – Sim, até porque acho que não há espaço neste clube para uma equipa sénior, pelo menos neste momento.

P – Mas se houvesse possibilidade, gostaria que o clube tivesse uma equipa sénior?
R – Acho que sim, mas só por uma razão: o Santa Cruz FC foi um dos fundadores/ líderes dos campeonatos nacionais de futsal. Seria só pelo estatuto que adquiriu nessa década. As equipas séniores têm um grande problema, envolvem muitos custos monetários e como Matosinhos é uma cidade grande, já tem 2 equipas na primeira divisão seria difícil para uma equipa sénior do Santa Cruz vingar.

P – Como patrocionador que é, o que o leva a apoiar um clube como o Santa Cruz FC?
R – Não é por estar cá a treinar, até porque patrocino outras 2 colectividades: uma de futebol e outra de hóquei em patins. Acho que devo ajudar porque estes clubes vivem essencialmente das ajudas vindas de fora e como “estou por dentro” de tudo o que se passa, sei as dificuldades que estas colectividades enfrentam. Todavia no Santa Cruz FC outro dos factores que me leva a contribuir é saber que tem uma equipa de formação, pois jamais iria patrocionar uma equipa sénior.

P – Mas tem que concordar que é pouco contraditório, pois normalmente quando alguém decide patrocionar um clube é para a sua firma ou produto ter visibilidade e isso numa equipa de escolas não se nota tanto, ao contrário de uma equipa sénior?
R – Também é verdade, mas tudo depende da intenção com que se patrocina. A minha intenção não é ter visibildade, pois para isso pode-se apostar nas páginas amarelas, na internet, etc, há outros meios de publicidade. Mas é claro que nos clubes de maior dimensão a visibilidade que o patrocínio tem deve ser importante, até porque essas equipas vão a muitos pavilhões e são vistos por muitas pessoas.

P – Em termos gerais no futsal nacional, o que mudaria se tivesse poderes para tal?
R – Não é bem mudar, mas gostaria que a Federação não discriminasse tanto o futsal em relação ao futebol de 11. Há uma certa discriminação, principalmente em termos de talentos, porque há talentos que competem unica e exclusivamente a nível distrital e não têm forma de competir a nível nacional. Isso faz com que “máquina” de produzir jogadores fique um pouco encravada, pois apenas há torneios inter-associações dos sub-15, sub-16 e sub-17 e a meu ver isso é muito pouco. A Federação não investe a título internacional com o futsal, contrariamente com o que acontece com os sub-17 e sub-19 do futebol de 11. A nível internacional temos apenas os séniores a competir no futsal.

P – Houve à pouco tempo no nosso clube mudanças de treinadores, não por nossa vontade, mas porque outros valores falaram mais alto. Que tem a dizer sobre essas mudanças?
R – Quanto à mudança que se fez estou completamente de acordo. O Vasco teve que sair por razões pessoais e o clube teve que se adaptar. Não podemos deixar de dizer que foi um mudança radical, mexeu não só com os treinadores mas também com os próprios jogadores. O mais fácil seria sem dúvida pôr um treinador novo no escalão que o Vasco treinava, mas pensou-se ( e a meu ver bem) na próxima época. Por um lado ficou provado que a pessoa que causou mais controvérsia é a indicada para treinar os juniores e teve uma adaptação mais fácil, até porque já conhecia metade dos jogadores. Por outro lado os juniores subiram de divisão, há aqui a questão da honra do clube, e descer de divisão era desprestigiante para nós.

P – Então concorda que o Paulo teve uma herança ingrata?
R – O Paulo está habituado a lidar com atletas daquelas idades e depois também os conhece há muitos anos, o que facilita. Um treinador de fora tem imensas dificuldades em impôr regras, sistemas de jogos, etc. A ideia foi tentar manter os juniores na 1ª Divisão, não duvidando da capacidade dos treinadores novos claro, até porque já havia a intenção de para o ano o Paulo ser o treinador dos juniores e assim sendo já está a trabalhar para a próxima época.

P – Consegue-se imaginar a treinar um escalão de escolas feminino?
R – Existe um escalão de escolas e infantis misto e eu tenho pena de não ter meninas a treinar comigo nos escolas.

P – Acha que é mais fácil treinar raparigas que rapazes?
R – A meu ver acho que seria igual, porque nesta classe de idades ambos os sexos são extramamente obedientes quando encontram alguém que encarem como líder.
P – A função de treinador afecta a sua vida privada? Consegue conciliar bem os dois “papéis”?
R – Não afecta muito, sempre consegui ao longo dos anos conciliar as duas coisas. Quando me casei já jogava futebol portanto a minha esposa já foi habituada a ter um jogador em casa e agora até tem dois, portanto já está bastante adaptada.

P – O que achou da nova edição do jornal?
R – Achei e acho excepcional em todos os aspectos, até porque o jornal é uma excelente forma de dar a conhecer às pessoas o trabalho que o clube faz. Eu fico muitas vezes a conhecer outros clubes e pessoas através do jornal que estes fazem. A verdade é que não há muitos clubes com jornal, mas encontramos sempre alguns com uma revista, um site. Tudo o que seja para divulgar o clube, quer seja em termos directivos, quer em termos administrativos é extremamente importante.

P – Para finalizar, quer deixar alguma mensagem para os nossos leitores?
R – Que apoiem o clube e as pessoas que cá trabalham pois fazem-no apenas por amor à camisola e não ganham absolutamente nada com isso, muito pelo contrário, dispendem tempo e dinheiro.


 


2006-12-20
 
ENTREVISTA À ADEPTA DO ANO-ISABEL SOUSA
 
Entrevista dada ao Folheto Informativo ´OSantacruzense´ Nº24

“TEM DE SER HUMILDE, TRABALHADOR E MAIS IMPORTANTE QUE ISSO TEM DE FAZER TUDO POR AMOR À CAMISOLA”

Esta é a definição que Isabel Sousa dá para quem quiser ser adepto do Santa Cruz F.C. Foi eleita adepta do ano na última Gala realizada e vem agora dar uma entrevista sobre todos os momentos que presenciou no nosso clube.

P-Há quanto tempo é adepta do Santa Cruz F.C.?
R-Já à muitos anos, nem me lembro à quanto tempo acompanho o Santa Cruz, mas talvez à cerca de 15, 20 anos.


P-Como chegou ao nosso clube?
R-Já nem me lembro muito bem, já se passaram tantos anos...mas desta segunda vez foi porque o meu marido trabalhava com um director e como o foi ajudar a fazer as obras no bar, o convite surgiu para vir ajudar o Santa Cruz. Com o passar do tempo o “bichinho” começou a nascer. Fomos indo ver jogos e como era tão viciante, não largamos o Santa Cruz.

P-Como se sentiu ao ser eleita adepta do ano? Foi a sua primeira vez?
R-Sim, foi a primeira vez e gostei muito. Achei simpático da parte das pessoas de me terem nomeado e elegido adepta do ano.

P-O que acha da forma como as nomeações são feitas?
R-Acho que deviam ser os orgãos da direcção a eleger a pessoa que realmente mereceu. No fundo acho uma hipocrisia, porque ganha quem não deve, (não falo por mim) mas há determinados prémios que deviam deixar de existir, até porque há muitas pessoas
que não sabem quem realmente trabalha neste clube. Mas no meu caso acho que o prémio foi bem entregue e estou muito feliz.

P-Estava à espera de ser eleita a adepta do ano?
R-Quem está nomeada está sempre á espera de ganhar, quem disser o contrário está a mentir. Sinceramente não vi ninguém melhor que eu.

P-Acha que os outros prémios foram bem entregues?
R-Se calhar houveram atletas que mereciam mais que outros. Em relação às outras categorias prefiro não me pronunciar porque já não me lembro ao certo os nomeados e vencedores.

P-O que acha que uma pessoa tem de ter para ser adepta do Santa Cruz F.C.?
R-Tem de ser humilde, trabalhador, mas mais importante que isso tem de fazer tudo por amor à camisola.

P-O que acha em termos gerais dos adeptos do Santa Cruz F.C.?
R-É muito complicado...eu própria reconheço que às vezes não me porto da melhor maneira e o que digo não é muito bonito e correcto, mas também há pessoas piores que eu. Todavia, no geral somos todos boas pessoas.

P-Que importância tem o Santa Cruz F.C. na sua vida?
R-Muita!! Por vezes ponho a minha vida pessoal de lado por causa do Santa Cruz. Por causa disso há uns tempos atrás tivemos que desistir, deixar completamente.

P-O que a fez voltar?
R-O amor ao Santa Cruz e também determinadas pessoas terem saído do clube.

P-Costuma ir ver os jogos dos vários escalões?
R-Ia a todos, mas agora não vou tanto porque o bar tira-me algum tempo.

P-Já assistiu a alguma situação da bancada que a tena marcado mais?

R-À mais ou menos dois anos atrás, no pavilhão do Teibas, assisti a um jogo em que o treinador deles foi muito mal educado e indelicado para com a assistência. Como a situação começou a ficar mais complicada, a mãe de um atleta do Santa Cruz começou a ficar tão indignada que pegou em um dos seus sapatos e atirou ao treinador. Por sorte ( ou por azar) o sapato não lhe acertou.
Esse mesmo treinador veio um dia, ao Santa Cruz jogar com a finalidade de agredir os nossos jogadores, “aquilo foi um campo de batalha”. Para vermos o carácter de uma pessoa que está a treinar miúdos, esse mesmo treinador no final do jogo virou-se para a assistência e fez um sinal menos apropriado com as mãos. Posto isto entram em campo adeptos do Teibas e também adeptos nossos e esse mesmo treinador com a ânsia de agredir os nossos jogadores acaba por agredir um jogador do seu clube.
Eu nunca vi um treinador ser tão irresponsável, tão mal educado e nunca deveria estar à frente de uma equipa como treinador. E foi assim um dos momentos mais marcantes a que assisti.

P-Se pudesse o que alterava no Santa Cruz F.C.?
R-Acho que não mudava nada...mas essa pergunta apnhou-me de surpresa. Se calhar gostava que o Santa Cruz tivesse dinheiro para ter um pavilhão próprio, era excelente.


P-O que espera do nosso clube este ano?
R-O MELHOR!!!

P-E em relação aos adeptos. Acha que os nossos adeptos nos apoiam nos bons e maus momentos?
R-Tem dias..Há treinadores que aceitam as críticas boas mas já não aceitam as más.

P-Acha que todos os adeptos conseguem criticar de uma maneira construtiva?
R-Não. Mesmo aquelas pessoas que têm a capacidade de criticar da melhor forma, por vezes com a emoção do momento não o fazem da melhor maneira.

P-Que lembranças lhe deixam o anterior jornal?
R-Era muito bom, muito engraçado!! Dava motivo para conversa, “discussões” e sabiamos coisas que se passavam no clube que à primeira vista ninguém reparava.

P-O que espera deste boletim informativo? Quais são as suas expectativas?
R-Não sei, vou esperar para ver. Tenho as melhores expectativas e gostaria de ver no jornal a notícia de que fomos campeões.

P-Quem vai ao bar do Santa Cruz F.C. pode ver sempre lá a Isabel. Compensa perder tanto tempo a ajudar?
R-Acho que sim, senão não estaria aqui. É por amor ao Santa Cruz e a sensação de me sentir útil que me recompensa o tempo que aqui perco.

P-Quer deixar alguma mensagem aos leitores do nosso jornal?
R-Que o Santa Cruz continue a melhorar e que sejam todos muito felizes!!!
Gostava ainda de avisar os nossos sócios e não só, que o bar do Santa Cruz faz petiscos (moelas, papas, bifanas, bucho, orelheira, etc) e que agradecíamos que colaborassem e fossem lá provar. Estes petiscos são feitos ao fim de semana e normalmente todos os adeptos costumam juntar-se no bar ao final da noite depois dos jogos. Não esquecendo que durante a semana o bar também está aberto e que são sempre bem vindos para tomar um café. APAREÇAM!!!!!!!!